É frequente ouvir os pais dizerem: “- Meu filho é muito inteligente, mas não está tendo bons resultados na escola, e eu não sei o que fazer...”.
Ou : “- Ele não se esforça, precisa estudar mais, falo isso o tempo todo!" Ou ainda:" - Ele só tira notas boas, é excelente aluno, mas se não for bem em uma prova fica arrasado!
Foi pensando nesses pais que escrevi este artigo.
De um modo geral, as pessoas associam aprendizagem à cognição que é o processo de aquisição do conhecimento, melhor dizendo é a capacidade que o sujeito tem de processar a informação e transformá-la em conhecimento. Porém não são só as funções cognitivas que determinam o aprendizado bem como os resultados escolares, existem muitos fatores envolvidos neste processo...
Independente da capacidade que cada um tem de aprender, para que o desempenho acadêmico seja satisfatório, é preciso que algumas condições sejam adotadas de modo a garantir o bom funcionamento da capacidade cognitiva e obter ter melhor desempenho escolar.
Conheça agora os 5 fatores não cognitivos que estão diretamente ligados a performance acadêmica do estudante.
Comportamento escolar-Diz respeito a não faltar às aulas, chegar no horário, organizar os materiais e levá-los para as aulas. Fazer as tarefas, participar da aula e estudar.
Perseverança escolar- Ter determinação, afinco e para isso é preciso ter autodisciplina, autocontrole para adiar as recompensas: conseguir deixar pra depois algo que gosta ou dá prazer para estudar, priorizando as rotinas de estudo.
Mentalidade escolar- É importante que o estudante se sinta realmente fazendo parte da comunidade escolar que está inserido. Ter consciência que suas habilidades e competências aumentam com seu esforço, acreditar que pode ter sucesso e que todo seu esforço terá valor.
Estratégias de aprendizagem- Criar e possuir habilidade de estudo constante: planejar, avaliar, monitorar, motivar, pensar como se aprende e estabelecer metas.
Habilidades sociais- Fortalecer as habilidades interpessoais. Ter assertividade, empatia, espírito cooperativo e autorresponsabilidade.
Faça o teste com seu filho e avalie os resultados
Peça para seu filho para pegar papel e caneta e dar uma nota de zero (menor empenho) a 10 (maior empenho) para cada um dos itens comentados acima.
Solicite que ele seja verdadeiro com ele mesmo em suas avaliações e notas, só assim poderá ter clareza do que está fazendo certo e daquilo que precisa melhorar. Deixe bem claro que o objetivo aqui não é julgá-lo nem rotulá-lo.
Você também poderá fazer a sua avaliação sobre ele, numa folha a parte. Faça um esforço para só se basear nos fatos e nunca em julgamento.
Faça a comparação entre o seu teste e o teste do seu filho, provavelmente, irá haver maior rigor na sua avaliação, isso é normal porque segundo as atuais pesquisas na área das neurociências, o jovem ainda não tem o cérebro totalmente desenvolvido, o que implica em comportamentos específicos e algumas limitações, bem como sua capacidade de planejamento, de tomar decisões e se comprometerem com uma rotina.
O bom disso, é que este momento é muito propicio para fazer intervenções, pois a aprendizagens efetivas e reabilitações terão um grande impacto, nesta fase onde o cérebro ainda é maleável. Um ponto bem positivo dos adolescentes é a capacidade que tem de se engajar naquilo que faz sentido, eles realmente se comprometem com aquilo que valorizam.
Pronto?
Pode somar e ver como você se encontra hoje diante destes fatores.
E aí? Como ficaram os resultados?
Lembre-se de que o objetivo desse teste é ajudá-los a ver com clareza cada um dos fatores, para juntos, encontrarem soluções práticas, tendo em vista, um planejamento equilibrado de ações.
Seja paciente e beneficie-se deste momento para conversar a cerca de seus comportamentos, procure valorizar o que está bom e incentive-o a melhorar o que ainda não está adequado. Isso não significa de modo algum ser permissivo ou deixar de colocar limites quando necessário, mas tenha certeza que se as regras forem estabelecidas em comum acordo, as chances de serem cumpridas serão muito maiores do que se forem impostas.
Ouça as dificuldades dele, mas chame-o para a autor responsabilidade, para isso perguntas como:Ouça as dificuldades dele, mas chame-o para a autorresponsabilidade, para isso perguntas como:
O que você pode fazer para melhorar neste quesito?
Quem pode te ajudar?
Há algo que eu possa fazer para contribuir?
Na verdade, esse resultado final do teste,não importa muito o que importa realmente é ter clareza de situação atual, perceber que um fator está diretamente ligado ao outro, e que é preciso dar o primeiro passo para melhorar aquilo que não está muito bom.
Estabeleça metas concretas e determinação que o sucesso chega!
O que você achou desse artigo? Inscreva-se no blog e deixe seu comentário.
Se quiser saber mais, mande seu comentário, que responderei com prazer, ou entre em contato conosco para encontrar soluções alinhadas as suas necessidades.
Abraços,
Ester Chapiro
Consultas online, Consultório Tijuca e Botafogo
21988387524.