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Meu Filho foi reprovado. E agora?

Atualizado: 21 de nov. de 2023

São inúmeras as causas da reprovação escolar, cognitivas, na aquisição da aprendizagem, emocionais, sociais ou de comportamento. O fundamental é estar presente na vida escolar do filho, não a importa a sua idade


Por Ester Chapiro*


Chega o final do ano e a expectativa das férias e festas se mistura com a ansiedade dos resultados escolares. Finalmente sai o resultado de reprovação. E agora, o que fazer no novo ano que se inicia?


Não adianta culpar a escola, professor ou aluno. Somente entendendo as verdadeiras razões e as dificuldades com muita clareza é possível reverter a questão do fracasso escolar.


Evidentemente, ao longo do ano, o aluno já vinha demonstrando dificuldades que provavelmente não foram identificadas e sanadas. Então, a bola de neve só aumentou. São inúmeros os motivos que levam a reprovação, as causas podem ser cognitivas, na aquisição da aprendizagem, emocionais, sociais ou de comportamento.


Cada jovem tem uma maneira de lidar com a reprovação. Uns ficam muito abalados, já outros parecem não ligar. Em ambos os casos, é preciso atenção para não incorrer nos mesmos erros para o próximo ano.


Ao invés de castigos e punições que não resolvem absolutamente nada, é preciso dar limites, criar regras e muito suporte durante todo o ano. O que realmente vai valer como lição é a repetência em si. O jovem precisa viver a consequência dos seus atos, perceber e admitir suas dificuldades para aprender a lidar com elas. O fato é que nenhum aluno gosta de repetir de ano. Não há necessidade de fazê-lo sofrer mais ainda com outras penalizações.


Para descobrir as causas da reprovação e desenvolver estratégias para superá-la é preciso fazer uma avaliação psicopedagógica. Uma ajuda profissional fará toda a diferença e apontará soluções adequadas.


Mudar ou não de escola é uma outra questão que precisa ser decidida em conjunto e de forma muito cautelosa. Se for detectado que a escola não tem uma metodologia adequada ou não está atendendo às necessidades do aluno, a mudança pode ser válida. Porém, tenha cuidado para não atribuir à instituição as responsabilidades que são da família ou do aluno.


O ideal é que esse momento, seja de fato, entendido como uma oportunidade para crescimento com o desvendar das causas do insucesso e abrindo para uma perspectiva de aprendizagem e superação de todos os obstáculos que estavam impedindo de evoluir. Os pais que acolhem demonstrando afeto, compreensão e apoio geram um forte alicerce na construção desse sujeito tão derrotado neste momento.


Não importa a idade que seu filho tenha, sempre converse, escute, acompanhe seus estudos, valorize as pequenas vitórias, supervisione, cobre por resultados, participe das reuniões na escola e de todo o processo educacional. Mostre-o que você confia na sua capacidade, encoraje-o e ofereça a ajuda necessária. Fortaleça cada vez mais esta parceria através de um canal de diálogo franco e aberto sempre e logo os resultados positivos irão emergir!


* Com mais de 30 anos de sólida vivência na área educacional, Ester Chapiro é psicopedagoga, Especialista em desenvolvimento humano, educadora, Consultora Pedagógica e Palestrante. É diretora da Central de Professores, especializada em aulas particulares, reforço escolar, acompanhamento para concursos e coaching para adolescentes e adultos.

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